sábado, 12 de fevereiro de 2011

Bem, uma noite, uma caneta...

E quem é que não gosta de viver?

Sons da noite vêm e vão. Chuva caindo morosa, preguiçosa. Leve brisa resfriada, molhada, levando ao longe a azul fumaça do cigarro já quase no fim. Quisera eu ser tal fumaça levada para todos os cantos do mundo, sem dor, sem medo, me abrindo e me tornando um com tudo.
Esforçando-me para isso, acendo apressadamente outro cigarro. Meu corpo, porém, torna-se cada vez mais frustradamente sólido.
Ainda estou aqui.


Hoje uma folha caiu da árvore e eu entendi. Entendi todo o mistério do transitório ao perene. Entendi toda a vida, toda a morte, todo propósito e todo acaso. Entendi o porque de se movimentar, o porque de ficar, o porque de ser. Isso! Entendi o ser.
Amanhã, já me esqueci.


Tem tanta gente assim no mundo mesmo?!

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