quinta-feira, 29 de julho de 2010
Bem, conversinhas etílicas com minha mãe...
Ato 1, cena 1
Eu na sala, digitando ao computador. Minha mãe chega em casa, ouve o barulho do computador e grita da área de serviço:
-Coração!!!
Vem até a sala e me vê no pc. Faz muxoxo de desânimo. Eu respondo:
-Não sou seu coração... seu coração é o outro.
Ela tenta recuperar o amor do filho, brincando:
-Então é meu fígado.
Minha resposta, sem tirar os olhos da tela do computador:
-Não posso ser o fígado.. bebo mto álcool.
Fingindo preocupação de mãe:
-Vou te levar no AA, filho... domingo é a reunião.
Enfim, olho-lhe nos olhos:
-Nem rola, mãe... domingo é dia de boteco.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Bem, alice in chains...
"Good Night..."
Yeah, it's over now, but I can breathe somehow
When it's all worn out, I'd rather go without
You know it's been on my mind
Could you stand right there
Look me straight in the eye and say
That it's over now
We pay our debt sometime
Well it's over now, yet I can see somehow
When it's all gone wrong, it's hard to be so strong
You know it's been on my mind
Could you stand right there
Look me straight in the eye and say
That it's over now
We pay our debt sometime
Yeah, we pay our debt sometime
We pay our debt sometime
Yeah, we pay our debt sometime
Guess it's over now, I seem alive somehow
When it's out of sight, just wait and do your time
You know it's been on my mind
Could I stand right here
Look myself in the eye and say
That it's over now
We pay our debt sometime
Yeah, we pay our debt sometime
We pay our debt sometime
Yeah, we pay our debt sometime
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Over Now - Alice in Chains
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Bem, alguns desejos y otras cositas...
Hoje, como em muitos momentos tediosos da vida, fiquei pensando em coisas que eu pediria ao gênio da lâmpada, caso eu encontrasse alguma.
Um dos desejos que me ocorreu foi: um transporte coletivo bom, 24 horas por dia e gratuito (essa última parte seria para mim, claro).
Porém, também me ocorreu que o gênio seria mais bem humorado e sacana do que pretendem alguns programas "humorísticos" da Globo. Certamente, algo parecido com o gênio das piadas mais famosas que conhecemos (caso você não conheça nenhuma, saia da internet e vá beber em algum boteco); em se tratando de piada, a minha vida é bem parecida com muitas delas, não necessariamente as boas. Bem, como o gênio seria, muito provavelmente, um filho da puta de marca maior, é bem provável que ele me transformasse em um velho ou em um paraplégico, conseguindo, assim, minha gratuidade.
Nesse ponto do devaneio solitário e inócuo a respeito desse desejo e suas conseqüências, estaria eu, então, arrastando minha velhice ou minha cadeira de rodas pelos bares por aí, e ouviria (espero não ser um velho surdo) os alegres e ébrios jovens conversando: "Ei, cê já ouviu aquela do cara que pediu pra nunca mais pagar pra andar de ônibus e o gênio transformou ele em um cadeirante? (ou em um velho, dependendo do final da piada)"
Pois bem, pensei eu com meus botões, ainda considerando seriamente a hipótese do gênio me sacanear, pelo menos eu teria dois desejos. Lógico que um deles eu teria que gastar pedindo pro maldito gênio me fazer voltar ao "normal", e o outro, de acordo com as tradições, seria para ele voltar para dentro da lâmpada. Pelo menos ainda teríamos um bom transporte coletivo, e 24 horas por dia.
Eu poderia transformar este devaneio da hora do cigarro em um conto, se eu quisesse, mas não seria um conto engraçado como foi na minha mente. Via de regra, meus contos não são engraçados, e assim, não refletem meu pensar social. Socialmente, sou razoavelmente sádico, meio escroto com todo mundo, mas sempre engraçado, ao menos pra mim. Já meus costumam trajar emoções que eu freqüentemente não sinto a não ser que eu queira, e eu usualmente me faço sentir isso mais quando estou sozinho, em especial nas tediosas noites de quinta feira, como essa em que escrevo isso (tecnicamente já é sexta, às 3:46 da madrugada, mas era noite de quinta quando escrevi no papel > meu processo criativo costuma ter muita vergonha diante de telas e teclados, mas deita e rola sobre o papel).
(Nem todas as quintas feiras são assim, solitárias e tediosas, e nem sempre é noite quando me encontro em um momento desses que costumam me fazer ter vontade de escrever. Na verdade, momentos solitários e tediosos são momentos que me deixam assim, louco pra escrever algo, e mil idéias surgem. Só chamei esses momentos de Tediosas Noites de Quinta Feira porque agora é uma noite de quinta feira bem tediosa. Mesmo assim, têm seu valor por me darem um tesão danado pra escrever).
É estranho verificar o tipo de coisa que escrevo, basicamente nos contos, claro, que fogem tanto à minha personalidade social, porque surpreendem a quem tem o prazer (?) de me conhecer socialmente.
Danem-se, mas o fato é: na pausa pro cigarro tudo isso que estou escrevendo me ocorreu... 4, 5 minutinhos e essas coisas todas. Eu me espanto ao ver como meu tédio pode ser produtivo.
Por exemplo, eu vi um motoboy entregador de pizza que tinha um celular bem melhor que o meu. Não o invejo, mas creio que é estranho ver uma raça que odeio (motoboys) com um requinte tecnológico que me atrairia o interesse. Tal estranheza se transformou em raiva. Tá, talvez eu tenha inveja dele.
Meu consolo (que não é material, como ter um notebook... droga! quero um notebook) é poder pensar que ele deve ter dividido em 666 prestações e vai ficar pagando aquele treco até o filho dele ir pra faculdade.
O problema de estar entediado, vejam bem, é que minha mente é uma puta amarga e velha, que nunca me deixa ter nenhuma satisfação. Neste caso, mal pensei algo ligeiramente agradável, minha mente me fez realizar que, quando o motoboy terminar de pagar a droga do celular com touch screen, eu ainda estarei com um celular velho e fodido.
Enfim... enquanto escrevia a história triste do motoboy [no papel], lembrei de uma conversa boba (falo como se houvesse outro tipo) na UnB a respeito do gosto de coisas que nunca provei (nem quero/precisei provar) mas que sabia como elas "sabem ao paladar" [pesquisem].
Em dado momento, um guri comentou algo sobre sinestesia [pesquisem] e a menina que queria provar que a minha teoria [nota: minha teoria era a de que muitas coisas sabemos o gosto ao senti-lo pelo cheiro] estava errada simplesmente comenta "Eu sou muito sinestésica".
É claro, eu ri de lado, já disposto a procurar qualquer outro assunto ou lugar (sim, o papo tava extremamente chato). A moça, caçando mais briga, perguntou de uma maneira ofensiva: "Tá rindo do quê?"
Era óbvio [para mim, ao menos] que eu ria da contradição a que ela se submetera tolamente. Mas eu não pude me conter e respondi:
-Nada. Isso só me pareceu uma frase que alguém diria no Big Brother. "Ah, sou um cara social, vou ser parceiro na casa." "Ah, tenho uma personalidade revolucionária. Muita gente pode não gostar de mim, mas sei lutar pelo meu espaço." "Ah, sou muito sinestésica. Posso ver cores ao ouvir música. Vai ser legal a experiência na casa."
Ninguém dos presentes riu, exceto eu, que ri agora das três situações (a contradição dela, a situação imaginária que eu descrevi e a cara dela e dos panacas em volta tentando entender). É... a universidade é o templo do saber...
Bem, acabei de me lembrar de um desejo [voltando ao assunto inicial] que eu normalmente penso, já faz uma boa dúzia de anos: a nota de cinqüenta reais eterna no bolso.
Seria uma nota que aparece no meu bolso sempre que ela acabar... Quando todo o dinheiro destes cinqüenta reais mágicos acabarem, aparece outra. Ou não, tiro as notas sucessivamente e sempre tem mais uma dentro do bolso.... Boa!
Pelo menos não terei que virar um velho ou um paraplégico. Na verdade, com esse desejo da nota, posso ir de táxi, então que se foda quem anda de ônibus/metrô.
Um dos desejos que me ocorreu foi: um transporte coletivo bom, 24 horas por dia e gratuito (essa última parte seria para mim, claro).
Porém, também me ocorreu que o gênio seria mais bem humorado e sacana do que pretendem alguns programas "humorísticos" da Globo. Certamente, algo parecido com o gênio das piadas mais famosas que conhecemos (caso você não conheça nenhuma, saia da internet e vá beber em algum boteco); em se tratando de piada, a minha vida é bem parecida com muitas delas, não necessariamente as boas. Bem, como o gênio seria, muito provavelmente, um filho da puta de marca maior, é bem provável que ele me transformasse em um velho ou em um paraplégico, conseguindo, assim, minha gratuidade.
Nesse ponto do devaneio solitário e inócuo a respeito desse desejo e suas conseqüências, estaria eu, então, arrastando minha velhice ou minha cadeira de rodas pelos bares por aí, e ouviria (espero não ser um velho surdo) os alegres e ébrios jovens conversando: "Ei, cê já ouviu aquela do cara que pediu pra nunca mais pagar pra andar de ônibus e o gênio transformou ele em um cadeirante? (ou em um velho, dependendo do final da piada)"
Pois bem, pensei eu com meus botões, ainda considerando seriamente a hipótese do gênio me sacanear, pelo menos eu teria dois desejos. Lógico que um deles eu teria que gastar pedindo pro maldito gênio me fazer voltar ao "normal", e o outro, de acordo com as tradições, seria para ele voltar para dentro da lâmpada. Pelo menos ainda teríamos um bom transporte coletivo, e 24 horas por dia.
Eu poderia transformar este devaneio da hora do cigarro em um conto, se eu quisesse, mas não seria um conto engraçado como foi na minha mente. Via de regra, meus contos não são engraçados, e assim, não refletem meu pensar social. Socialmente, sou razoavelmente sádico, meio escroto com todo mundo, mas sempre engraçado, ao menos pra mim. Já meus costumam trajar emoções que eu freqüentemente não sinto a não ser que eu queira, e eu usualmente me faço sentir isso mais quando estou sozinho, em especial nas tediosas noites de quinta feira, como essa em que escrevo isso (tecnicamente já é sexta, às 3:46 da madrugada, mas era noite de quinta quando escrevi no papel > meu processo criativo costuma ter muita vergonha diante de telas e teclados, mas deita e rola sobre o papel).
(Nem todas as quintas feiras são assim, solitárias e tediosas, e nem sempre é noite quando me encontro em um momento desses que costumam me fazer ter vontade de escrever. Na verdade, momentos solitários e tediosos são momentos que me deixam assim, louco pra escrever algo, e mil idéias surgem. Só chamei esses momentos de Tediosas Noites de Quinta Feira porque agora é uma noite de quinta feira bem tediosa. Mesmo assim, têm seu valor por me darem um tesão danado pra escrever).
É estranho verificar o tipo de coisa que escrevo, basicamente nos contos, claro, que fogem tanto à minha personalidade social, porque surpreendem a quem tem o prazer (?) de me conhecer socialmente.
Danem-se, mas o fato é: na pausa pro cigarro tudo isso que estou escrevendo me ocorreu... 4, 5 minutinhos e essas coisas todas. Eu me espanto ao ver como meu tédio pode ser produtivo.
Por exemplo, eu vi um motoboy entregador de pizza que tinha um celular bem melhor que o meu. Não o invejo, mas creio que é estranho ver uma raça que odeio (motoboys) com um requinte tecnológico que me atrairia o interesse. Tal estranheza se transformou em raiva. Tá, talvez eu tenha inveja dele.
Meu consolo (que não é material, como ter um notebook... droga! quero um notebook) é poder pensar que ele deve ter dividido em 666 prestações e vai ficar pagando aquele treco até o filho dele ir pra faculdade.
O problema de estar entediado, vejam bem, é que minha mente é uma puta amarga e velha, que nunca me deixa ter nenhuma satisfação. Neste caso, mal pensei algo ligeiramente agradável, minha mente me fez realizar que, quando o motoboy terminar de pagar a droga do celular com touch screen, eu ainda estarei com um celular velho e fodido.
Enfim... enquanto escrevia a história triste do motoboy [no papel], lembrei de uma conversa boba (falo como se houvesse outro tipo) na UnB a respeito do gosto de coisas que nunca provei (nem quero/precisei provar) mas que sabia como elas "sabem ao paladar" [pesquisem].
Em dado momento, um guri comentou algo sobre sinestesia [pesquisem] e a menina que queria provar que a minha teoria [nota: minha teoria era a de que muitas coisas sabemos o gosto ao senti-lo pelo cheiro] estava errada simplesmente comenta "Eu sou muito sinestésica".
É claro, eu ri de lado, já disposto a procurar qualquer outro assunto ou lugar (sim, o papo tava extremamente chato). A moça, caçando mais briga, perguntou de uma maneira ofensiva: "Tá rindo do quê?"
Era óbvio [para mim, ao menos] que eu ria da contradição a que ela se submetera tolamente. Mas eu não pude me conter e respondi:
-Nada. Isso só me pareceu uma frase que alguém diria no Big Brother. "Ah, sou um cara social, vou ser parceiro na casa." "Ah, tenho uma personalidade revolucionária. Muita gente pode não gostar de mim, mas sei lutar pelo meu espaço." "Ah, sou muito sinestésica. Posso ver cores ao ouvir música. Vai ser legal a experiência na casa."
Ninguém dos presentes riu, exceto eu, que ri agora das três situações (a contradição dela, a situação imaginária que eu descrevi e a cara dela e dos panacas em volta tentando entender). É... a universidade é o templo do saber...
Bem, acabei de me lembrar de um desejo [voltando ao assunto inicial] que eu normalmente penso, já faz uma boa dúzia de anos: a nota de cinqüenta reais eterna no bolso.
Seria uma nota que aparece no meu bolso sempre que ela acabar... Quando todo o dinheiro destes cinqüenta reais mágicos acabarem, aparece outra. Ou não, tiro as notas sucessivamente e sempre tem mais uma dentro do bolso.... Boa!
Pelo menos não terei que virar um velho ou um paraplégico. Na verdade, com esse desejo da nota, posso ir de táxi, então que se foda quem anda de ônibus/metrô.
sábado, 12 de junho de 2010
Bem, uma historinha de Thor e Loki...
Muitos anos atrás, Loki, o Andarilho dos Céus, encontrou-se com Thor, o rei das tempestades. Loki, malévolo e de loqüência fluente, acabou fazendo com que o poderoso Thor se convencesse de que estava impotente, e que isso era mal, sendo que Sif, sua mulher, a de bela cabeleira, poderia chatear-se e trocá-lo por um animal. Thor, então, preocupado, quis saber qual seria a causa de sua impotência. Loki, aparentando ser um médico e enganando o não muito brilhante intelecto do tempestuoso Thor, disse-lhe que era porque o deus dos raios estava grávido. Sim, grávido. Thor, que não é o mais esperto dos deuses, acabou acreditando.
Loki, então, no papel de curandeiro, disse-lhe que lhe daria uma receita que o faria sentir-se melhor e faria com que sua gravidez corresse bem.
-"Tire as roupas e fique deitado e bruços até que eu venha fazer seu parto, poderoso deus do trovão."- disse Loki, o ardiloso.
Thor, obediente como uma criança cega, fez o que o pretenso médico tinha falado. Loki deu-lhe azeite como remédio e pintou a bunda do grandioso deus que cavalga bodes de azul, e enfiou-lhe uma rolha no cu. Até hoje quando perguntam-lhe: "Porque fizeste isso, Loki?", sua resposta é apenas uma: "Achei divertido." Convencido de que seu médico estava ajudando, Thor submeteu-se ao "tratamento" subservientemente, enquanto Loki deixava-o lá e ia dormir com Sif, a bela esposa do deus supostamente grávido. Claro que Loki não foi dormir com ela apenas pela beleza e o sexo, mas sim porque sabia que os resultados seriam trágicos se Thor descobrisse.
Assim sendo, Thor ficou com a rolha no rabo por uma semana e um dia, de acordo com as ordens médicas, enquanto seu intestino não parava de trabalhar. Como a pressão interna aumentava, a dor de barriga também, até ser quase insuportável. Thor, porém, resignado, agüentava, pois sabia que era comum na gravidez sentir tais dores.
Entrou na alcova de Thor, então, Ratatosk, o esquilo que mora nos galhos de Yggdrasil, a árvore do mundo. E, como qualquer esquilo, Ratatosk era curioso. Subiu, então, na tensa bunda azul de Thor, viu a rolha e a arrancou...
THRRRRRRRPPPPPP!!!
A explosão de merda que fora curtida durante oito dias nos intestino do senhor das tempestades foi épica.
O poderoso Thor, após ter seus intestinos esvaziados compulsoriamente, ainda confuso pela tempestade de seus próprios excrementos, sentou-se, olhou ao redor, e viu Ratatosk caído no chão, atordoado. Lentamente, com mãos tão grandes quanto pernis, ele apanhou o animalzinho e o encarou. Então, com um movimento pesado, ele abraçou o roedor.
-"Você é feio", disse o deus, "é peludo e está coberto de merda... Mas é MEU e eu te AMO!"
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Adaptado da anedota contada em Sandman nº 59.
Loki, então, no papel de curandeiro, disse-lhe que lhe daria uma receita que o faria sentir-se melhor e faria com que sua gravidez corresse bem.
-"Tire as roupas e fique deitado e bruços até que eu venha fazer seu parto, poderoso deus do trovão."- disse Loki, o ardiloso.
Thor, obediente como uma criança cega, fez o que o pretenso médico tinha falado. Loki deu-lhe azeite como remédio e pintou a bunda do grandioso deus que cavalga bodes de azul, e enfiou-lhe uma rolha no cu. Até hoje quando perguntam-lhe: "Porque fizeste isso, Loki?", sua resposta é apenas uma: "Achei divertido." Convencido de que seu médico estava ajudando, Thor submeteu-se ao "tratamento" subservientemente, enquanto Loki deixava-o lá e ia dormir com Sif, a bela esposa do deus supostamente grávido. Claro que Loki não foi dormir com ela apenas pela beleza e o sexo, mas sim porque sabia que os resultados seriam trágicos se Thor descobrisse.
Assim sendo, Thor ficou com a rolha no rabo por uma semana e um dia, de acordo com as ordens médicas, enquanto seu intestino não parava de trabalhar. Como a pressão interna aumentava, a dor de barriga também, até ser quase insuportável. Thor, porém, resignado, agüentava, pois sabia que era comum na gravidez sentir tais dores.
Entrou na alcova de Thor, então, Ratatosk, o esquilo que mora nos galhos de Yggdrasil, a árvore do mundo. E, como qualquer esquilo, Ratatosk era curioso. Subiu, então, na tensa bunda azul de Thor, viu a rolha e a arrancou...
THRRRRRRRPPPPPP!!!
A explosão de merda que fora curtida durante oito dias nos intestino do senhor das tempestades foi épica.
O poderoso Thor, após ter seus intestinos esvaziados compulsoriamente, ainda confuso pela tempestade de seus próprios excrementos, sentou-se, olhou ao redor, e viu Ratatosk caído no chão, atordoado. Lentamente, com mãos tão grandes quanto pernis, ele apanhou o animalzinho e o encarou. Então, com um movimento pesado, ele abraçou o roedor.
-"Você é feio", disse o deus, "é peludo e está coberto de merda... Mas é MEU e eu te AMO!"
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Adaptado da anedota contada em Sandman nº 59.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Bem, mais uma canção...
Se eu tivesse um milhão de ducados - Se eu tivesse um milhão de ducados
Eu te compraria um castelo - Eu te compraria um castelo
Se eu tivesse um milhão de ducados - Se eu tivesse um milhão de ducados
Eu compraria mobília pro seu castelo - Um Louis do séc. XIV ou um armoire
Se eu tivesse um milhão de ducados - Se eu tivesse um milhão de ducados
Eu te compraria um sofá grande - bonitão com franja em cima
Se eu tivesse um milhão de ducados eu compraria seu amor...
Se eu tivesse um milhão de ducados - Nós não precisaríamos caçar pra nos divertirmos
Se eu tivesse um milhão de ducados - Nós caçaríamos por esporte, que não é o mesmo
Se eu tivesse um milhão de ducados - Teríamos peões que plantassem comida por todo o castelo
E teríamos um jardim enorme - Que tipo de jardim?
Um jardim labirinto, com todos os tipos de verduras e legumes - Mas eu odeio verduras e legumes, minha mãe me fazia comê-los... Não
Mas... eu gosto de vegetais - Não, não...
Sem vegetais - É...
E um fosso? - Um fosso!!! Fossos são fedidos. Além do mais, os pais sempre dizem pra suas famílias deixá-los no jardim.
Se eu tivesse um milhão de ducados - Se eu tivesse um milhão de ducados
Eu te compraria um casaco de peles - Mas não um casaco de lã. É crueldade
Se eu tivesse um milhão de ducados - Se eu tivesse um milhão de ducados
Eu te compraria um animal exótico - Como um dragão ou um unicórnio
Se eu tivesse um milhão de ducados - Se eu tivesse um milhão de ducados
Eu te compraria uma relíquia de um santo - E todas aquelas maluquices de ossos santos da sorte
Se eu tivesse um milhão de ducados eu compraria seu amor...
Se eu tivesse um milhão de ducados - Não precisaríamos andar até a feira
Se eu tivesse um milhão de ducados - Contrataríamos um cavaleiro pra nos carregar até lá
Se eu tivesse um milhão de ducados - Não precisaríamos sujar nossos pés
Nós não precisaríamos andar na sujeira - Isso aí, eu odeio a sujeira
Teremos pessoas que joguem suas capas no chão como pro Sir Walter Raleigh, a gente pisa nas capas
Não, no Sir Walter Raleigh - É, vamos pisar na cara do Sir Walter Raleigh, enfiando-o na lama!
Se eu tivesse um milhão de ducados - Se eu tivesse um milhão de ducados
Eu te compraria uma cama - Mas não uma cama de pregos. É maldade
Se eu tivesse um milhão de ducados - Se eu tivesse um milhão de ducados
Eu te compraria uma obra de arte - Um Michelangelo - Andy Warhol!
Se eu tivesse um milhão de ducados - Se eu tivesse um milhão de ducados
É claro que eu te compraria um macaco - Diga-me, quem nunca quis um macaco?
Se eu tivesse um milhão de ducados eu compraria seu amor
Se eu tivesse um milhão de ducados - Se eu tivesse um milhão de ducados
Se eu tivesse um milhão de ducados - Ah, se eu tivesse esse milhão de ducados
Se eu tivesse um milhão de ducados.... O que você faria, Mickey? Haha... Eu seria o Walt Disney!
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Tradução livre feita por mim dessa versão zueira-rpgística dos Bards pra uma música já famosinha.
sábado, 15 de maio de 2010
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Bem, outra canção...
Here's a story, a little bit gory,
A little bit happy, a little bit sad,
Of Lily the Pink and her medicinal compound,
And how it slowly drove her to the bad.
Meet Ebenezer, thought he was Julius Caesar.
So they put him in a home.
And then they gave him medicinal compound,
And now he's Emporer of Rome.
We'll drink a drink a drink
To Lily the pink the pink the pink
The savior of [the savior of] the human race.
She invented medicinal compound.
Most efficacious in every case.
To Lily the pink the pink the pink
The savior of [the savior of] the human race.
She invented medicinal compound.
Most efficacious in every case.
Meet Johnny Hammer had a t-t-terrible s-s-stammer.
He could b-barely say a word.
So they gave him medicinal compound,
And now he's seen, but never heard.
We'll drink a drink a drink
To Lily the pink the pink the pink
The savior of [the savior of] the human race.
She invented medicinal compound.
Most efficacious in every case.
To Lily the pink the pink the pink
The savior of [the savior of] the human race.
She invented medicinal compound.
Most efficacious in every case.
And Freddie Clinger, the opera singer,
Who could break glasses with his voice they said.
So on his tonsils he rubbed medicinal compound,
And now they break glasses over his head.
We'll drink a drink a drink
To Lily the pink the pink the pink
The savior of [the savior of] the human race.
She invented medicinal compound.
Most efficacious in every case.
To Lily the pink the pink the pink
The savior of [the savior of] the human race.
She invented medicinal compound.
Most efficacious in every case.
And Mr. Frears, who had sticky out ears.
And it made him awful shy.
So they gave him medicinal compound,
And now he's learning how to fly.
We'll drink a drink a drink
To Lily the pink the pink the pink
The savior of [the savior of] the human race.
She invented medicinal compound.
Most efficacious in every case.
To Lily the pink the pink the pink
The savior of [the savior of] the human race.
She invented medicinal compound.
Most efficacious in every case.
And Uncle Paul, he was very small. He
Was the shortest man in town.
So on his body he rubbed medicinal compound,
And now he's six foot, but it's underground.
We'll drink a drink a drink
To Lily the pink the pink the pink
The savior of [the savior of] the human race.
She invented medicinal compound.
Most efficacious in every case.
To Lily the pink the pink the pink
The savior of [the savior of] the human race.
She invented medicinal compound.
Most efficacious in every case.
Lily died and went up to heaven.
Oh, the church bells they did ring.
She took with her medicinal compound.
Hark the herald angels sing.
We'll drink a drink a drink
To Lily the pink the pink the pink
The savior of [the savior of] the human race.
She invented medicinal compound.
Most efficacious in every case.
To Lily the pink the pink the pink
The savior of [the savior of] the human race.
She invented medicinal compound.
Most efficacious in every case.
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Mais uma dos Bards...
Essa, em especial, eu não traduzi porque ela é mais divertida no original em inglês... E vocês são espertos, aprendam inglês e traduzam sozinhos!
Bem, uma canção...
Paddy McCullough era um bom e jovem ator
Que se apresentava nas ruas da velha Killonay
Ele tinha uma voz que era o soar do sino de uma igreja
As pessoas se amontoavam e diziam
"Eis um homem que vai se apresentar pro Rei
Eis um homem que vai cantar pra Rainha
Todo o mundo é um palco para este bom e jovem ator
Se Paddy achar seu caminho"
Eis um homem que vai cantar pra Rainha
Todo o mundo é um palco para este bom e jovem ator
Se Paddy achar seu caminho"
Paddy McCollough viajou por todas as ilhas
Ele se apresentou para os Senhores e Senhoras
As mulheres desmaiavam quando ele subia ao palco
Porque ele era um homem que fazia as mulheres demaiar
Elas diziam...
"Eis um homem que vai se apresentar pro Rei
Eis um homem que vai cantar pra Rainha
Todo o mundo é um palco para este bom e jovem ator
Se Paddy achar um jeito"
Eis um homem que vai cantar pra Rainha
Todo o mundo é um palco para este bom e jovem ator
Se Paddy achar um jeito"
O próprio Rei viu Paddy no teatro
Um nobre ator com comportamento régio
O Rei ria, e a Rainha corava
Quando Paddy entrou pela porta
Eles disseram...
"Eis um homem que vai se apresentar pro Rei
Eis um homem que vai cantar pra Rainha
Todo o mundo é um palco para este bom e jovem ator
Se Paddy achar um jeito"
Paddy McCollough teve uma vida de lazer
O ator-chefe do próprio teatro do Rei
Ele cantou para senhores e cantou para Senhoras
Até o fim de seus dias
Oh!...
"Eis um homem que vai se apresentar para Deus no Céu
Eis um homem que vai ensinar os anjos a cantar
Todo o mundo é um palco para este bom e jovem ator
Oh! Paddy, ele achou um jeito!
Sim! Paddy, ele achou um jeito!
Aye! Paddy, ele achou um jeito!
Eis um homem que vai ensinar os anjos a cantar
Todo o mundo é um palco para este bom e jovem ator
Oh! Paddy, ele achou um jeito!
Sim! Paddy, ele achou um jeito!
Aye! Paddy, ele achou um jeito!
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Tradução livre de uma música chamada Paddy McCullough, dos Broabdingnagian Bards.
Tradução livre de uma música chamada Paddy McCullough, dos Broabdingnagian Bards.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Bem, na estrada...
ON THE ROAD
Eu só tinha 13 anos quando começou. Não que eu nunca tivesse viajado antes disso. Cruzei o país com meus pais aos 7, rumo ao norte, para ver minha avó. Já tinha viajado com amigos (supervisionado por um irmão) aos 12. Porém, aos 13, tudo REALMENTE começou.
2 irmãos meus, os mais velhos, tinham ido estudar em morar em um seminário em Itu. Eu os visitara uma vez, fazendo planos de ir viver lá também. Então, em '98, meu outro irmão e eu fomos. Viver longe dos pais parecia deprimente - e realmente era, para os outros - mas eu me satisfazia muito.
Dane-se a astrologia, mas uma coisa que sempre bateu entre mim e meu signo é a intensa curiosidade, vivenciar novas experiências, saciar a infinita sede de saber, ver, testar.
Nos dormitórios coletivos ouvíamos os choros à noite. Eu, porém, dormia o sono tranquilo de um pescador. Acabei ficando lá por 3 anos, vez ou outra indo a Curitiba e até a Porto Alegre, dois lugares onde passei tempos memoráveis, além, obviamente, de duas viagens anuais de férias à casa de meus pais, em Brasília. Quanto mais o tempo passava, mais eu sentia que aquela cidade e aquela casa definitivamente não eram o meu lar.
Ao cabo de três anos vivendo fora, voltei definitivamente (não tão definitivamente assim, claro) à velha casa dos meus pais, na jovem e detestada Brasília. Terminei meus estudos básicos, comecei a faculdade e o tédio me corroía. Descobri, depois de um tempo, um placebo que me fazia engolir a poeira seca do cerrado mais facilmente: pequenas viagens.
Meu sonho, porém, desde o fim da minha estadia em São Paulo, era vagar por aí. Caronas, trechos a pé, um pouco de sofrimento na estrada... Porque não?
Não, não sou de família abastada, portanto as viagens, com o passar do tempo, têm se demonstrado como formas suaves de me testar.
Já fui às cataratas do Iguaçu com uma namorada nipônica, com grana curta e amor. Essa viagem iniciou-se de avião a Curitiba, depois, de ônibus paraguaio, a Foz. Hotéis baratos e duros, alguma curtição. A cidade era algo de novo aos meus olhos, pois nunca vi uma cidade tão morta em si (e olha que sou de Brasília, a capital-sepulcro). Duas grandes avenidas cruzadas, onde só se viam lan houses, restaurantes e lojas de lembranças. Era como um mini-comércio pronto para os milhares de turistas que iam às cataratas, atendendo suas necessidades básicas: comida, comunicação e compras. Com isso, só nos restava a própria catarata como atrativo, um absurdo divino na natureza, como se o próprio Onipotente tivesse furado aquilo com seu dedo universal e falando para que as águas fluíssem rumo às almas sedentas no inferno.
E lá, de inferno, além do calor horrível de dia, ainda havia os quatis, larápios naturais com suas carinhas sapecas. A face do próprio Lúcifer deve ser a de um quati, bonitinho e cheio de vontade de te arrancar tudo que é mais caro e precioso.
Após essa volta por Foz do Iguaçu, a japonesinha e eu rumamos de volta a Curitiba, onde a mesma ladainha sempre se repetia: a água do chuveiro NUNCA era quente o suficiente pra ela. E Curitiba, em seu inverno, nos soprava 0ºC ou menos à noite. Apesar disso, ficávamos nus e nos amávamos nos quartos de hotel barato que alugávamos por uma noite ou duas.
Em Curitiba passeamos de mãos dadas por monumentos históricos tirando fotos, verdadeiros turistas amantes. O frio nos aconchegava um ao outro e o mundo sorria.
Pegamos um ônibus para subirmos a São Paulo, onde ficaríamos na casa de um tio meu. E, na grande maçã tupiniquim, desejei estar sozinho. Não por mal da moça, mas era muito trabalho pra mim ter que cuidar de nós dois.
Fomos ao bairro japonês, a Liberdade, e ela conseguiu contatos para um quarto onde poderíamos descansar antes de nos encontrarmos com meu tio. A hospedaria japonesa cheirava a naftalina e havia velhos sentados na penumbra. Deitamo-nos em beliches duros e dormimos por algumas horas. Depois, arrastando as malas, liguei para meu tio e fomos à casa dele. Lá, também, a água não era quente o suficiente para minha companheira, e o outro chuveiro da casa estava queimado.
Andando por uma São Paulo em fim de tarde, ela se irrita comigo por não ter tomado banho decentemente. Decido pagar um quarto de hotel (4 horas por $52 reais) para ela poder se banhar. No quarto, descobrimos que era com uma decoração de motel (filmes pornôs, cama redonda, espelho no teto). Encho a banheira e fazemos um dos melhores sexos que já tive.
Após relaxarmos, saímos e voltamos à casa do meu tio, que trocara o chuveiro queimado por um novo, mais quente, para alívio da minha namorada. Porém, após algumas aventuras em mudanças de clima drásticas, ela caiu doente. Passamos a semana em casa, no quarto de minha prima (que só aparecia pra dormir). Com o tio e a tia em casa e sempre vindo ver como ela estava só tínhamos poucos e apressados momentos de intimidade. De resto, a estrada, má vontade e cansaço.
No ano seguinte completava-se o primeiro ciclo de 10 anos "na estrada". No meio do ano, agarrei a chance de voltar a São Paulo, aproveitando um evento específico de desenhos. Ah, mas como amo a urbanidade de um caos com nome de santo! Bem diferente daquela roça provinciana de concreto a que chamam de Brasília. Andar sozinho no meio da turba, fumando cigarros e soprando meus pensamentos e preocupações em meio à fumaça. Gentes! Gentes! Gentes de todos os cantos. Mil mundos novos em cada par de olhos. E foram mais de mil pares de olhos que eu vi, e muito mais do que o dobro disso que me viram.
Novembro chegou e corri de novo a Sampa, querendo mais um pouco de "ar puro". Pessoas novas a conhecer, novos bares onde sentar e beber, alucinando após uma prova de um vestibular que eu nem quero saber se passei ou não.
Novo ano, outra viagem a SP, a outro evento. Nova fantasia, novos pares de olhos me vendo e sendo vistos por mim, caminhadas a esmo, acompanhado ou não.
Menos de um mês depois, outra vez SP. Agora a estrada já fluía nas minhas veias, outras viagens se fizeram necessárias. Alucinando em Sampa em oito diferentes círculos de consciência. Brincadeiras sempre sérias, gravidades irônicas e jocosas.
Novembro, fujo de novo das areias vermelhas do meio do Brasil, desta vez rumo à serra verde-molhada do interior paulista. Magia no ar, magia de todo tipo. Luzes cortam o céu e cutucam quem as vê, e a estrada já é alguém que me ama tanto quanto a amo. Viagens psíquicas em um fim de semana que durou um mês - Quem tiver olhos para ver, CALE-SE!
Dentro da maior viagem, uma outra, menor, sobrevivente, sacrificada, puro amor - confirmado nos beijos de fim de noite à beira do lago. E a estrada se estica, fazendo o peito se estreitar. Aviões ladeados de ebúrneos dragões e mais um fim, ou mais uma pausa.
Sonhos e viagens sempre misturados, iguais, tão próximos um do outro que se tornam um ao outro e vão embora infinitamente, sendo ambos extremos de si mesmos e do outro.
Desesperançado, sem saber quando seria minha próxima grande aventura, jogo um pensamento, um desejo ao Caos nebuloso das estrelas da eternidade, serelepes e virtuosas, as puras fadas outonais que de vez em quando nos sorriem, se soubermos como cortejá-las do jeito certo. E eis que uma delas, doce sorriso puro, me olha e decide reunir dois amantes: a estrada e eu.
Novo ano, experiências sempre novas. 36 horas de ônibus direto, cortando do coração ao pé do Brasil para ver o gigante sangrar em seu berço esplêndido. Acampamento, lodo, mil novas pessoas com seus mil mundos aumentando minha coleção de ossos e asteróides.
Chegamos, vários universitários em uma viagem quase de graça ($5 reais) ao sul, Porto Alegre, cidade outrora habitada momentaneamente por mim. Meu amigo de viagem, outro nipônico (porém made in Brazil), aquele que nos conseguiu aquela viagem insólita e fortuita, e que se surpreenderia comigo com o universo inteiro que nos esperava como a granada um segundo antes de explodir.
Montamos acampamento e corremos a ver o que havia pra ver. Já no primeiro dia, conhecemos a peça-chave de uma segunda parte dessa mesma viagem, total improviso, uma moça de bela mente e loucura só igualada à dos aventureiros que estávamos ali.
Consegui uma garota pra ele. Primeira noite, primeira roda de violão, primeiro galão de vinho. Os dias seguintes, não tão dignos de nota, exceto por uma pequena surpresa feliz aqui e ali. Firmei uma amizade, viagem para Florianópolis confirmada.
Tonto pela erva xamânica que imbecis fumam fingindo ser legais, meu amigo conhece uma menina da própria cidade em que estávamos hospedados, e marca uma saída com ela. Vejo algo dele se desprendendo, um princípio de vontade que era, certamente, o nascimento de Deus em cada um.
Após isso, noites trovejadas, molhadas, enlameadas na falta de conforto que precisávamos, por deus, experimentar para darmos valor às pequenas mostras de bondade do universo.
Ao fim da semana, enquanto todos se arrumam para voltar para a secura de seus lares, nós ainda sabemos que tudo era apenas um prelúdio. Cabeças, corpos - todos unidos, vivendo, uns acordando, outros reabrindo os olhos, muitos dormindo o sono dos falidos. No fim da viagem, descubro apenas o início da minha viagem. Pego carona no ônibus em que vim e desço em Florianópolis. Cidade nova, mas em nada atrás das outras todas do universo. Cinco horas dormindo em um ponto de ônibus, esperando o contato da minha anfitriã.
Uma tarde sentado em uma lanchonete, hemingwayzando, lendo e escrevendo, pensando, fumando, "magickando". À noite, consigo entrar em contato com ela, vou para sua casa e relaxo. Água fria e cigarros depois e já estou em casa.
Conversas, ilicitudes, lua enevoada, morros brilhantes. O mundo foi lindo por minutos e seus brilhos e mentes pensantes fingindo que existem. Quase, quase, quase um coração.
Uma, apenas uma noite de sono. Leitosa, aguada, suave. Descanso sublime dos braços do mundo. Descanso, isso mesmo. Acordo com um toque, celular e um amigo no portão de nossa casa temporária. Conversas, gente nova, frenética, veloz, mais que veloz correndo como as pernas do menor e mais maroto dos anjos de Nosso Senhor.
Cigarros, visões. Que visão, ver uma criança se mostrar um pré-pensador na sua frente! O menino parece brilhar. Mais pessoas novas, mais ilicitude e menos idéias. Fim de tudo sempre recomeçando o resto. E o resto, o desconhecido, misterioso resto. O resto, céus, o resto! Esse belo e mortífero. Ele sempre vem...
Praia. Calor rechaçado, limpando a mente como a areia que o mar nos leva sob os pés. Beleza, o que é aquilo? O que É AQUILO?! Por Deus, por deus!
Ver algo ir é sempre ruim...? É? Será? Quem diabos liga, pelamor? Quem se importa? Olha a droga de praia linda pra caralho! Veja o mar verde das montanhas arborizadas. Veja as nuvens, repara só na brisa! O mar também foi bom. E fez-se mais uma tarde na criação.
E o banho vem, no começo desta noite, a água gelada servindo de banimento. Após essa alegria, mais alegrias no céu infinito. Mais uma manhã surgindo bela como os olhos da eternidade sorrindo para seus inquietos e tolos cãezinhos. Outra droga da felicidade perpétua guardada sob uma língua receosa de novos mistérios auguriosos. Isso é o passeio pela ilha-do-amor, coroado com um fim assim tão vertiginoso. Subimos no carro que nos tem levado de um sonho a outro, os quatro dias que formavam em si um mês. A lagoa e a vida toda juntos, de mãos dadas, olhos famintos, algo tão belo em um retrovisor. Meu amigo e companheiro desta viagem não sabia quanta alegria podia haver em duas semanas do tempo, a eternidade divina nos abraçando como o amor perfeito.
Em uma montanha onírica encontro a mim mesmo feito sábio ancestral. Sento na praia a olhar o infinito oceano ao meu lado, recitando verdadas absolutas ao meu ouvido jovem e tolo. "Tudo, Nada... São coisas tolas. O Caos é qualquer coisa, essa é a resposta. Qualquer Coisa está acima do Tudo, do Nada, tolos brinquedos feitos para entreterem mentes menos libertas. Caos em perfeita harmonia da liberdade".
Novamente pomos um ponto final na história do mundo, arrumamos as mochilas e subimos no ônibus seguinte. "Saiba cortar laços", me diz ele, falacioso, enganando-se a si mesmo. "Saiba cortar laços", digo eu, na entonação do editor, e ele compreende que a estrada não tem fim, portanto não nos enrola em laços.
Uma última super atração nos aguarda no porto não tão alegre como outrora. Uma noite de sono inesperado, com as substâncias paradisíacas ainda céleres pelos nervos de nossos corpos, e chegamos no triste porto, na cidade sisuda onde ainda algumas algerias nos esperam. Sono, passeio sem grandes pretensões e o show magicamente criado para cumprir uma espera de quinze anos. Não uma espera aflita, mas bem feliz em aceitar tal termo. O show.
Ainda encantado, cantando, 15 minutos no paraíso de duas horas. É isso? Quatro dias se fazem um mês, mas duas horas viram quinze minutos? Não, não reclamo, mas o tempo é algo assim tão cruel às vezes. Lógico que o futuro sempre nos reserva alegrias vindouras, e o presente eterno não se altera, mas quem fica satisfeito alguma vez?
Só então vejo o quanto estou cansado. A estrada é uma amante fogosa, porém voraz, e ela sabe como acabar com suas energias. Mais uma cerveja, mais uma pessoa, uma última noite de amor (para ele, mas eu amei dormir sozinho e em paz... E, nessa viagem, eu não era o personagem principal).
E, no dia seguinte, o avião nos trazendo do Porto Alegre do último limite civilizado da terra de volta ao rubro e empoeirado coração do país, onde a pedra de repouso jaz. Mais um fim de viagem momentâneo, a pausa entre uma chegada e uma partida.
sábado, 24 de abril de 2010
Bem, um texto novo...
A TV COMO PROCLAMADORA DA SALVAÇÃO
*os blockbusters são a felicidade.
Desde antigamente o ser humano tem sede de saber, aspira por um conhecimento maior, mais elevado, divino. Sempre perseguiu, buscou, caçou sua salvação. Atos heróicos eram narrados para incentivar a centelha de inquietação divina dentro de cada pessoa. Assim vemos na TV.
Quantos nobres programas e filmes de pura violência gratuita não grudam os olhos de uma infindável multidão nas telinhas, tarde da noite, com seus baldes de sangue falso, tripas e explosões milionárias?
Tolos são os que vislumbram a felicidade e a divindade na paz, no amor, na reconciliação, na harmonia. E nossas madrugadas, tão cheias de sangue e ódio santo, douradas pelas explosões reprisadas em câmera lenta na TV, são flageladas pelo escárnio cruel de pastores que pregam o falso Deus do amor e da graça.
Mal sabem esses engravatados senhores roucos (e loucos) que a verdadeira felicidade habita nos filmes da guerra do Vietnã. Viva Rambo, Chuck Norris, Bruce Lee (o Mestre), Bruce Willis e suas sacrossantas explosões em Duro de Matar (de 1 a 4). Deus salve Van Dame, Schwarzennegger, Jackie Chan... Pois a própria história da humanidade nos revela: enquanto os deuses mandavam seus filhos para decepar cabeças de Medusas, enforcar Leões de Neméia e matar homens-touros em labirintos, a humanidade era feliz, culta, bela, saudável, um pináculo de toda a graça e bondade que hoje só cultuamos na lembrança.
Pois, depois que Deus mandou seu Filho para pregar o amor e a união, o mundo só degenerou: rixas ferrenhas vieram separar famílias, amigos, nações inteiras: capitalismo x socialismo; machismo x feminismo; heterossexualismo x homossexualismo... Fome, guerras, aquecimento global, fastfood, vegetarianismo, transgênicos, massificação, globalização, burrice generalizada, males incomensuráveis e impensáveis em outras épocas mais douradas.
Portanto, o que precisamos é de um retorno aos clássicos, à velha e idílica Grécia, onde, como dizia o poeta, "os homens eram deuses, as mulheres, semideuses, e os deuses eram fodas".
*os blockbusters são a felicidade.
Desde antigamente o ser humano tem sede de saber, aspira por um conhecimento maior, mais elevado, divino. Sempre perseguiu, buscou, caçou sua salvação. Atos heróicos eram narrados para incentivar a centelha de inquietação divina dentro de cada pessoa. Assim vemos na TV.
Quantos nobres programas e filmes de pura violência gratuita não grudam os olhos de uma infindável multidão nas telinhas, tarde da noite, com seus baldes de sangue falso, tripas e explosões milionárias?
Tolos são os que vislumbram a felicidade e a divindade na paz, no amor, na reconciliação, na harmonia. E nossas madrugadas, tão cheias de sangue e ódio santo, douradas pelas explosões reprisadas em câmera lenta na TV, são flageladas pelo escárnio cruel de pastores que pregam o falso Deus do amor e da graça.
Mal sabem esses engravatados senhores roucos (e loucos) que a verdadeira felicidade habita nos filmes da guerra do Vietnã. Viva Rambo, Chuck Norris, Bruce Lee (o Mestre), Bruce Willis e suas sacrossantas explosões em Duro de Matar (de 1 a 4). Deus salve Van Dame, Schwarzennegger, Jackie Chan... Pois a própria história da humanidade nos revela: enquanto os deuses mandavam seus filhos para decepar cabeças de Medusas, enforcar Leões de Neméia e matar homens-touros em labirintos, a humanidade era feliz, culta, bela, saudável, um pináculo de toda a graça e bondade que hoje só cultuamos na lembrança.
Pois, depois que Deus mandou seu Filho para pregar o amor e a união, o mundo só degenerou: rixas ferrenhas vieram separar famílias, amigos, nações inteiras: capitalismo x socialismo; machismo x feminismo; heterossexualismo x homossexualismo... Fome, guerras, aquecimento global, fastfood, vegetarianismo, transgênicos, massificação, globalização, burrice generalizada, males incomensuráveis e impensáveis em outras épocas mais douradas.
Portanto, o que precisamos é de um retorno aos clássicos, à velha e idílica Grécia, onde, como dizia o poeta, "os homens eram deuses, as mulheres, semideuses, e os deuses eram fodas".
Bem, um pouco de latim...
Pedicabo ego vos et irrumabo,
Aureli pathice et cinaede Furi,
qui me ex versiculis meis putastis,
quod sunt molliculi, parum pudicum.
Nam castum esse decet pium poetam
ipsum, versiculos nihil necessest(necesse est);
qui tum denique habent salem ac leporem,
si sunt molliculi ac parum pudici
et quod pruriat incitare possunt,
non dico pueris, sed his pilosis
qui duros nequeunt movere lumbos.
Vos, quod milia multa basiorum
legistis, male me marem putatis?
Pedicabo ego vos et irrumabo.
[Catullus 16]
Aureli pathice et cinaede Furi,
qui me ex versiculis meis putastis,
quod sunt molliculi, parum pudicum.
Nam castum esse decet pium poetam
ipsum, versiculos nihil necessest(necesse est);
qui tum denique habent salem ac leporem,
si sunt molliculi ac parum pudici
et quod pruriat incitare possunt,
non dico pueris, sed his pilosis
qui duros nequeunt movere lumbos.
Vos, quod milia multa basiorum
legistis, male me marem putatis?
Pedicabo ego vos et irrumabo.
[Catullus 16]
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Bem, uma palavrinha de Odin...
"- Sei um encanto que pode curar dor e doença, e que pode tirar o sofrimento do coração daqueles que sofrem.
Sei um encanto que cura com um toque.
Sei um encanto que faz as armas do inimigo se virarem pro outro lado.
Sei outro encanto que me solta de todas as amarras e abre todas as fechaduras.
Um quinto encanto: eu consigo pegar uma flecha no ar e não me machucar.
As palavras soavam pesadas, urgentes. O tom amedrontador não estava mais lá, o sorriso cínico também não. Wednesday falava como se recitasse as palavras de um ritual religioso, ou como se estivesse se lembrando de alguma coisa obscura e dolorida.
— Um sexto: feitiços feitos pra me machucar só vão machucar quem os enviou.
Sétimo encanto que eu sei: posso apagar o fogo apenas olhando pra ele.
Oitavo: se algum homem me odiar, eu consigo ganhar sua amizade.
Nono: eu posso fazer o vento dormir com o meu canto e posso acalmar uma tempestade durante tempo suficiente pra levar um barco até a costa.
Esses foram os primeiros nove encantos que eu aprendi. Durante nove noites eu fiquei pendurado na árvore nua, a lateral do meu corpo perfurada pela ponta de uma lança. Eu balançava de um lado pro outro e sacolejava aos ventos frios e aos ventos quentes, sem comida, sem água, um sacrifício de mim pra mim mesmo, e os mundos se abriram.
Como décimo encanto, eu aprendi a dispersar bruxas e fazê-las rodopiar no céu de modo a nunca mais encontrarem seu caminho de volta às suas próprias portas.
Décimo primeiro: se eu cantar quando uma batalha eclodir, posso fazer com que guerreiros passem pelo tumulto ilesos e intactos e posso trazê-los de volta a suas famílias e a seus lares sãos e salvos.
Décimo segundo encanto que sei: se eu vir um homem enforcado, posso tirá-lo da forca pra que sussurre no nosso ouvido tudo de que consegue se lembrar.
Décimo terceiro: se eu jogar água sobre a cabeça de uma criança, ela não vai sucumbir na batalha.
Décimo quarto: sei os nomes de todos os deuses. De cada um dos malditos.
Décimo quinto: sonho com poder, com glória, e com sabedoria, e eu posso fazer as pessoas acreditarem nos meus sonhos.
A voz dele estava tão baixa agora que Shadow precisava se esforçar para ouvi-lo por sobre o barulho do motor do avião.
— Décimo sexto encanto que sei: se preciso de amor, posso transformar a mente e o coração de qualquer mulher.
Décimo sétimo: nenhuma mulher que eu desejo vai desejar alguém mais na vida.
E eu ainda sei um décimo oitavo encanto, que é o maior de todos, e esse eu não posso contar pra nenhum homem, porque um segredo que ninguém mais além de você sabe é o segredo mais poderoso que pode existir."
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Retirado do livro Deuses Americanos, de Neil Gaiman.
Sei um encanto que cura com um toque.
Sei um encanto que faz as armas do inimigo se virarem pro outro lado.
Sei outro encanto que me solta de todas as amarras e abre todas as fechaduras.
Um quinto encanto: eu consigo pegar uma flecha no ar e não me machucar.
As palavras soavam pesadas, urgentes. O tom amedrontador não estava mais lá, o sorriso cínico também não. Wednesday falava como se recitasse as palavras de um ritual religioso, ou como se estivesse se lembrando de alguma coisa obscura e dolorida.
— Um sexto: feitiços feitos pra me machucar só vão machucar quem os enviou.
Sétimo encanto que eu sei: posso apagar o fogo apenas olhando pra ele.
Oitavo: se algum homem me odiar, eu consigo ganhar sua amizade.
Nono: eu posso fazer o vento dormir com o meu canto e posso acalmar uma tempestade durante tempo suficiente pra levar um barco até a costa.
Esses foram os primeiros nove encantos que eu aprendi. Durante nove noites eu fiquei pendurado na árvore nua, a lateral do meu corpo perfurada pela ponta de uma lança. Eu balançava de um lado pro outro e sacolejava aos ventos frios e aos ventos quentes, sem comida, sem água, um sacrifício de mim pra mim mesmo, e os mundos se abriram.
Como décimo encanto, eu aprendi a dispersar bruxas e fazê-las rodopiar no céu de modo a nunca mais encontrarem seu caminho de volta às suas próprias portas.
Décimo primeiro: se eu cantar quando uma batalha eclodir, posso fazer com que guerreiros passem pelo tumulto ilesos e intactos e posso trazê-los de volta a suas famílias e a seus lares sãos e salvos.
Décimo segundo encanto que sei: se eu vir um homem enforcado, posso tirá-lo da forca pra que sussurre no nosso ouvido tudo de que consegue se lembrar.
Décimo terceiro: se eu jogar água sobre a cabeça de uma criança, ela não vai sucumbir na batalha.
Décimo quarto: sei os nomes de todos os deuses. De cada um dos malditos.
Décimo quinto: sonho com poder, com glória, e com sabedoria, e eu posso fazer as pessoas acreditarem nos meus sonhos.
A voz dele estava tão baixa agora que Shadow precisava se esforçar para ouvi-lo por sobre o barulho do motor do avião.
— Décimo sexto encanto que sei: se preciso de amor, posso transformar a mente e o coração de qualquer mulher.
Décimo sétimo: nenhuma mulher que eu desejo vai desejar alguém mais na vida.
E eu ainda sei um décimo oitavo encanto, que é o maior de todos, e esse eu não posso contar pra nenhum homem, porque um segredo que ninguém mais além de você sabe é o segredo mais poderoso que pode existir."
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Retirado do livro Deuses Americanos, de Neil Gaiman.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Bem, uma musiquinha...
Estava eu aqui, olhando o mundo girar, e pensei: "preciso postar algo, pois sim!"
Como não tenho nenhum texto preparado, vai a letra da música que por acaso começou a tocar no meu player.
SUPERMAN
So here I am
Doing everything I can
Holding on to what I am
Pretending I'm a superman
I'm trying to keep the ground on my feet
It seems the world is falling down around me
The nights are long, I'm singing the song
And trying to make the answers more than maybe
And I'm so confused about what to do
Sometimes i wanna throw it all away
So here I am
Growing older all the time
Looking older all the time
Feeling younger in my mind
And here I am
Doing everything I can
Holding on to what I am
Pretending I'm a superman
I'm trying to sleep
I lost count of sheep
My mind is racing faster every minute
what could I do more
Yeah I'm really not sure
I know I'm running circles but I can't quit
And I'm so confused
About what to do
Sometimes I wanna throw it all away
Controlling everything in sight
Feeling weak I don't feel right
Telling me I have to change
Telling me to act my age
But if all that I can do
Is just sit and watch them go
Then I'll have to say good-bye
Life's too short to watch it by
So watch it fly
So here I am
Growing older all the time
Looking older all the time
Feeling younger in my mind
So here I am
Doing everything I can
Holdin on to what I am
Pretending I'm a superman.
[Goldfinger]
Como não tenho nenhum texto preparado, vai a letra da música que por acaso começou a tocar no meu player.
SUPERMAN
So here I am
Doing everything I can
Holding on to what I am
Pretending I'm a superman
I'm trying to keep the ground on my feet
It seems the world is falling down around me
The nights are long, I'm singing the song
And trying to make the answers more than maybe
And I'm so confused about what to do
Sometimes i wanna throw it all away
So here I am
Growing older all the time
Looking older all the time
Feeling younger in my mind
And here I am
Doing everything I can
Holding on to what I am
Pretending I'm a superman
I'm trying to sleep
I lost count of sheep
My mind is racing faster every minute
what could I do more
Yeah I'm really not sure
I know I'm running circles but I can't quit
And I'm so confused
About what to do
Sometimes I wanna throw it all away
Controlling everything in sight
Feeling weak I don't feel right
Telling me I have to change
Telling me to act my age
But if all that I can do
Is just sit and watch them go
Then I'll have to say good-bye
Life's too short to watch it by
So watch it fly
So here I am
Growing older all the time
Looking older all the time
Feeling younger in my mind
So here I am
Doing everything I can
Holdin on to what I am
Pretending I'm a superman.
[Goldfinger]
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Bem, outro conto bobo...
A geografia do corpo dela era algo magnífico de se observar naquela manhã. Os volumes sob o lençol, banhados pelo dourado do primeiro sol, as sombras arredondadas que lembravam as colinas amarelas de feno de sua infância. Até o cheiro de verde molhado que vinha do quintal incorporava-se à cena bucólica que o corpo dela evocava. Seus pés, brincalhões, escapavam de debaixo das cobertas, como lebres selvagens que vêm espiar o mundo após a chuva.
Por um átimo ele tem o impulso de agarrar a colina formada por suas nádegas, mas com isso ela seria apenas uma mulher, e não mais o cenário dos verões de sua infância, passados no sítio do avô. Decide, então, não se mover e percorrer com o olhar, o menino dentro dele excitado em cavalgar pelos prados e as colinas como um dom Quixote, flechar seus inimigos como Robin Hood ou apenas navegar Mississipi abaixo, Tom Sawyer e um imaginário Huck Finn.
A ondulação da respiração dela, suave ressonar, era o vento nos campos de trigo. "Mar dourado no meio do campo", como seu avô, sorriso desdentado, gostava de comentar, no fim das tardes. Era um mundo de Oz, onde ele via a magia brilhar ao sol. Tudo aquilo apenas nos cinco minutos em que a luz do sol matinal conseguia se esgueirar entre os prédios até a janela de seu apartamento. Cinco minutos, e sua amante anônima de uma grande festa de álcool e drogas em um fim de semana havia se tornado o sítio Flor de Maio.
"Que sorriso lindo", o sítio disse, se mexendo. "Esse sorriso é todo pra mim?"
Bom dia, flor de maio.
Ela sorri, adocicada pelo aposto usado. E se levanta, agora totalmente mulher, beleza nua em direção do banheiro.
E uma lágrima de fim de férias cai no travesseiro.
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Haha... quando comecei a escrever, notei que iniciava com "A geografia...". Então ofereço pra ThaiS [=
TM
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Bem, um conto antigo...
Cansado. Quase quarenta e oito horas sem sair de casa, comendo biscoitos e vendo nada na TV. Quase quarenta e oito horas com apenas quinze minutos de um cochilo, interrompido por uma ligação errada. O último bule de café esfriava sobre o fogão. Havia apenas três cigarros no último maço, sobre a mesa. Duas das três garrafas de vinho barato também já se foram. Cadernos do jornal de dois dias atrás amarelavam pela casa. Classificados na cama, notícias policiais pelo chão da sala, tirinhas no banheiro, sessão política no lixo.
Papel por todo o lado. Cortinas de papel entreabertas coavam o néon da madrugada jovem. A janela escancarada gritava os sons da noite para aquele buraco que era seu mundo há quase quarenta e oito horas. Papel embaixo do copo de café e de vinho. Aquilo podia ter sido uma boa poesia se ele não tivesse trocado o vinho pelo café. Quase quarenta e oito horas e a apenas três cigarros da loucura.
E a madrugada jovem e dançarina envelhecia e silenciava; sereno suave resfriando os rostos quentes que saíam das boates para o sexo. Quase quarenta e oito horas. Cuspiu o café gelado e rançoso na pia. Abriu o último vinho, acendeu um cigarro, tirou a roupa. Quase rasgou a cortina de papel ao revelar um corpo suado e pegajoso ao néon da rua, três andares acima do vento rasteiro que varria os restos de noite pela cidade. Cansado.
Meia garrafa e dois cigarros depois. Frio. Cinza leitoso e malvado se esgueirava do céu para seus pulmões. "Câncer nada! Um dia após o outro: isso sim mata o homem!" Enfiou uma calça e uma camisa de lã. Precisava dar um fim nisso. Quarenta e oito horas. Quanto mais precisava?
Levantou-se. A porta ou a janela? Último gole do vinho. Sorveu-o como um militar beijando qualquer garota antes da guerra. Último cigarro do maço. Acendeu-o. Apagou no braço.
Sair pela porta dói mais do que pela janela.
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Conto escrevido em dezembro ou novembro de 2009, na sala de casa, vendo TV. Era dia e eu nem estava deprê.
Papel por todo o lado. Cortinas de papel entreabertas coavam o néon da madrugada jovem. A janela escancarada gritava os sons da noite para aquele buraco que era seu mundo há quase quarenta e oito horas. Papel embaixo do copo de café e de vinho. Aquilo podia ter sido uma boa poesia se ele não tivesse trocado o vinho pelo café. Quase quarenta e oito horas e a apenas três cigarros da loucura.
E a madrugada jovem e dançarina envelhecia e silenciava; sereno suave resfriando os rostos quentes que saíam das boates para o sexo. Quase quarenta e oito horas. Cuspiu o café gelado e rançoso na pia. Abriu o último vinho, acendeu um cigarro, tirou a roupa. Quase rasgou a cortina de papel ao revelar um corpo suado e pegajoso ao néon da rua, três andares acima do vento rasteiro que varria os restos de noite pela cidade. Cansado.
Meia garrafa e dois cigarros depois. Frio. Cinza leitoso e malvado se esgueirava do céu para seus pulmões. "Câncer nada! Um dia após o outro: isso sim mata o homem!" Enfiou uma calça e uma camisa de lã. Precisava dar um fim nisso. Quarenta e oito horas. Quanto mais precisava?
Levantou-se. A porta ou a janela? Último gole do vinho. Sorveu-o como um militar beijando qualquer garota antes da guerra. Último cigarro do maço. Acendeu-o. Apagou no braço.
Sair pela porta dói mais do que pela janela.
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Conto escrevido em dezembro ou novembro de 2009, na sala de casa, vendo TV. Era dia e eu nem estava deprê.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Bem, outra conversinha...
Menina:
*mi mi mi mi
*shit
*sempre fico com preguiça de pintar as unhas da outra mão
Moi
*iuhaiuahiuahiuahiauha
*como vc consegue pintar as unhas de uma só mão e não pintar as da outra? eu achava que só era possível pintar as da outra msm
Menina:
*cuma?
Moi:
*tipo
*sua mao esquerda, por exemplo.... você pinta com a mao esquerda as unhas da direita, não é isso?
Menina:
*sim
Moi:
*então
*só da pra pintar as unhas da outra mao
*como vc tem preguiça de fazer o mais facil?!
Menina:
*....
*mas o dificil é pintar a mão direita
Moi:
*uai... pra isso vc pinta com a mao esquerda... quando vc pintou as unhas da mao direita, q mão vc usou?
Menina:
*dãa
*eu pintei as da mão esquerda
Moi:
*com q mão?
Ela:
*eu tenho preguiça é de fazer as unhas da mão direita
*direita
Eu:
*então
*vc usa uma mao pra cuidar da outra!
Cabi:
*então oque
Yo:
*não entendi sua preguiça
Ficou zangada:
*vai durmir tiago
*u__u
*mi mi mi mi
*shit
*sempre fico com preguiça de pintar as unhas da outra mão
Moi
*iuhaiuahiuahiuahiauha
*como vc consegue pintar as unhas de uma só mão e não pintar as da outra? eu achava que só era possível pintar as da outra msm
Menina:
*cuma?
Moi:
*tipo
*sua mao esquerda, por exemplo.... você pinta com a mao esquerda as unhas da direita, não é isso?
Menina:
*sim
Moi:
*então
*só da pra pintar as unhas da outra mao
*como vc tem preguiça de fazer o mais facil?!
Menina:
*....
*mas o dificil é pintar a mão direita
Moi:
*uai... pra isso vc pinta com a mao esquerda... quando vc pintou as unhas da mao direita, q mão vc usou?
Menina:
*dãa
*eu pintei as da mão esquerda
Moi:
*com q mão?
Ela:
*eu tenho preguiça é de fazer as unhas da mão direita
*direita
Eu:
*então
*vc usa uma mao pra cuidar da outra!
Cabi:
*então oque
Yo:
*não entendi sua preguiça
Ficou zangada:
*vai durmir tiago
*u__u
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